QUARESMA - 2012 - Tempo de Jejum, Oração, Solidariedade.

Quaresma

A quaresma é o percurso para a páscoa. Tem início na quarta-feira de cinzas, em que tomamos consciência da nossa condição de “pó”, ou seja, da pobreza e da fragilidade da vida humana, e encaminha-nos para a libertação e para a alegria da páscoa. A penitência, realçada na quarta-feira de cinzas, marca o itinerário da quaresma e a luz da Páscoa ilumina-o e dá-lhe sentido. A páscoa é a meta do nosso peregrinar, a dignidade e a liberdade de filhos de Deus a nossa condição. Da penitência (jejum) de quarta-feira de cinzas até à alegria da páscoa vai o processo de conversão quaresmal. Se for vivido com exigência e sacrifício gera a paz e a alegria.

Fazer caminho é a nossa vocação: “Onde moras” perguntaram os primeiros discípulos e perguntamos nós. Onde podemos encontrar Deus, fonte de amor verdadeiro e plenitude de vida? “Vinde e vede” convidou-os Jesus. Fazer caminho é tomar consciência do ponto de partida onde nos situamos e esforçar-se por progredir na bondade, na liberdade interior, no amor. Os discípulos foram e permaneceram para sempre ligados ao Senhor. Façamos também o percurso da quaresma em ordem a renovar e fortalecer a Aliança com Aquele que por nós morreu e ressuscitou.
 
                                                                                          D. Manuel Pelino

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL VERBUM DOMINI

Anúncio da Palavra de Deus e os jovens

104. O Sínodo reservou uma atenção particular ao anúncio da Palavra divina feito às novas gerações. Os jovens já são membros ativos da Igreja e representam o seu futuro. Muitas vezes encontramos neles uma abertura espontânea à escuta da Palavra de Deus e um desejo sincero de conhecer Jesus. De facto, na idade da juventude, surgem de modo irreprimível e sincero as questões sobre o sentido da própria vida e sobre a direção que se deve dar à própria existência. A estas questões só Deus sabe dar verdadeira resposta. Esta solicitude pelo mundo juvenil implica a coragem de um anúncio claro; devemos ajudar os jovens a ganharem confidência e familiaridade com a Sagrada Escritura, para que seja como uma bússola que indica a estrada a seguir. Para isso, precisam de testemunhas e mestres, que caminhem com eles e os orientem para amarem e por sua vez comunicarem o Evangelho sobretudo aos da sua idade, tornando-se eles mesmos arautos autênticos e credíveis.
É preciso que a Palavra divina seja apresentada também nas suas implicações vocacionais de modo a ajudar e orientar os jovens nas suas opções de vida, incluindo a consagração total. Autênticas vocações para a vida consagrada e para o sacerdócio encontram o seu terreno propício no contacto fiel com a Palavra de Deus. Repito aqui o convite que fiz no início do meu pontificado para abrir de par em par as portas a Cristo: «Quem faz entrar Cristo, nada perde, nada – absolutamente nada daquilo que torna a vida livre, bela e grande. Não! Só nesta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só nesta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. (…) Queridos jovens, não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, e dá tudo. Quem se entrega a Ele, recebe o cêntuplo. Sim, abri de par em par as portas a Cristo, e encontrareis a vida verdadeira».

Third Day- Let me love you (legendado)

Vocações do Antigo Testamento - Samuel (1Sm 3.1-21)

O Senhor chamou Samuel" (1Sm 3,4)

"Iahweh chamou: 'Samuel! Samuel!' Ele respondeu: 'Eis-me aqui!'"

No meio da noite, o jovem desperta, ouvindo o ressoar do seu nome. Não hesita em responder com prontidão. Está disposto a acolher o que o Senhor lhe quer propor. Deus tem um plano para Samuel mas... este ainda está a aprender a discernir a voz de Deus. Eli, o sacerdote, a partir de sua experiência, ajudará Samuel a discernir a voz de Deus.

Não basta simplesmente a disponibilidade para dar uma resposta, é preciso saber distinguir a voz daquele que chama e conhecer que passos concretos devem ser dados. Como o jovem Samuel, tu e eu precisamos de aprender a servir-nos dos meios humanos para escutar o apelo do Senhor.

Que meios são esses? As pessoas, os santos, o trabalho, os acontecimentos, a Igreja…a história de cada um. Deus tem prazer em usar esses meios humildes para falar aos seus filhos. Neles Ele torna-se muito próximo, mas ao mesmo tempo: escondido. «Ele esconde-se entre as panelas» já alertava a grande Santa de Ávila, Teresa.

Mas ao perceber o chamamento de Deus não se pode titubear, é preciso levantar-se do sono—muitas vezes profundo—e ir ao encontro da novidade de horizontes que Deus descortina diante dos seus amados. Fundamentalmente o chamamento é uma declaração de amor. Amor que passa pela escolha: escolhidos porque amados. Não é uma eleição fria, interesseira. Deus primeiramente chama para que estejamos com Ele (cf. Mc 3,14). A vocação não consiste primeiramente em fazer coisas, percorrer mundos, cuidar disso ou daquilo. O primeiro fim da eleição divina é para que sejamos um tesouro para Ele. Cada vocacionado pode escutar da boca do Senhor aquelas suaves palavras dirigidas à esposa do Cântico: «Tu és meu tesouro». A vocação é uma graça de pertença. Nela a pessoa se vê completamente envolvida, por isso a vocação exige sempre um amor que se disponha percorrer o caminho da maturidade até chegar a ser pessoal, real, apaixonado e totalizante. Pessoal porque afeta à pessoa mesma e se dirige ao Senhor enquanto pessoa viva e não mero objeto de veneração. Neste encontro de amor que marca o chamamento a pessoa  pode realizar a capacidade de amar com todo o coração. Esse amor é também real, ou seja,  é o contrário de um amor teórico ou sentimental, ou simplesmente de fachada, de frases feitas… O amor real é aquele que se realiza na vida concreta de cada dia, que leva a imitar e a entregar-se ao amado… Logicamente é um amor apaixonado. Se pensarmos bem  estamos a falar do amor à pessoa de Jesus, nosso criador e redentor, o amigo que deu a sua vida por nós, não podemos pensar nesse amor senão como uma verdadeira paixão de amor. Um amor forte e entusiasta— «forte como a morte» (Ct 8,6)—, esse amor que é capaz de vivenciar a entrega também nos momentos difíceis e pode levar até mesmo ao heroísmo. Finalmente é um amor envolvente, totalizante. Deve estar no centro do coração e da vida. Diante dele, todos os outros amores—família, amizades, encargos pastorais—se relativizam, encontram o seu critério no amor do Senhor.

Senhor, que eu me disponha a ouvir a tua voz, sendo capaz de silenciar inúmeras vozes o que me distrai do essencial e me rouba a alegria de estar totalmente à Tua disposição. Que eu procure entender que tudo o que me acontece faz parte dos apelos contínuos a que  Tua suave voz me chama.

Rosário Vocacional

Vocações do Antigo Testamento - Jeremias

Jeremias 20, 7-9
7Vós me seduzistes, Senhor, e eu deixei-me seduzir; Vós me dominastes e vencestes. Em todo o tempo sou objecto de escárnio, toda a gente se ri de mim; 8porque sempre que falo é para gritar e proclamar: «Violência e ruína!» E a palavra do Senhor tornou-se para mim ocasião permanente de insultos e zombarias. 9Então eu disse: «Não voltarei a falar n’Ele, Não falarei mais em seu nome». Mas havia no meu coração um fogo ardente, comprimido dentro dos meus ossos. Procurava contê-lo, mas não podia.


Este texto é uma parte de uma das chamadas «confissões de Jeremias», as dolorosas lamentações do Profeta numa situação tremendamente dramática, após a trágica morte do rei Josias; prisioneiro da paixão por Deus, que o leva ao cumprimento fiel da sua espinhosa missão profética, Jeremias sente a repugnância instintiva do sofrimento que este desempenho lhe causa, pois isto era o pretexto para os seus adversários o acusarem de ser ele o culpado de todas as desgraças que desabavam sobre o povo, desgraças que haviam de culminar na conquista e destruição de Jerusalém por Nabucodonosor em 587 a. C. e no exílio de Babilónia. Jeremias chega ao ponto de, em dolorosos desabafos, amaldiçoar a sua vida, mas, ao mesmo tempo, mostrando uma inquebrantável confiança em Deus. Deixou-nos os mais belos textos literários que exprimem o drama da dor humana de um homem de fé: a fina e delicada sensibilidade de Jeremias como que se revolta, chega ao paroxismo e desata em doridos desabafos que se devem entender não como gritos de revolta, mas como queixumes ditados pela confiança e abandono nas mãos do Senhor. Deste texto depreende-se claramente a sobrenaturalidade da sua vocação profética: se este carisma fosse algo de imanente, não faria sentido que se queixasse a Deus de o ter seduzido – «Vós me seduziste, Senhor» (v. 7) – e de não conseguir dominar o impulso interior que o levava a profetizar: «mas havia no meu coração um fogo ardente… Procurava contê-lo, mas não podia» (v. 9). Pelas provações que teve de sofrer, o profeta celibatário, é considerado como uma figura de Cristo, casto e sofredor.
A notável obra do profeta de Anatot encontra-se muito desordenada, sem uma sequência natural, em parte ter sido mandada queimar pelo rei Joaquim; os seus oráculos, postos por escrito pelo seu secretário Baruc, foram recolhidos de modo muito disperso, como é fácil de verificar. As confissões de Jeremias encontram-se em: Jer 11, 18 – 12, 6; 15, 10-21; 17, 14-18; 18, 18-23; 20, 7-18. 

Tu me has seducido (Jr 20 7-9) - Hna Glenda - Nuevamente, A solas con Dios

Hermana Glenda (CON NOSTALGIA DE DIOS)

Como saber se estou a administrar bem o tempo?

É preciso pedir ao Senhor que vivamos bem,
mas se não controlamos o nosso tempo
de acordo com a vontade divina,
outros passarão a controlá-lo.

Semana do Consagrado 2012

De 29 de janeiro a 5 de fevereiro de 2012, a Igreja convida-nos a celebrar a Semana do Consagrado. É possível descarregar elementos para publicitação e subsídios para oração e meditação Aqui